Essa é a reivindicação de vários especialistas seniores de saúde antes de uma reunião de emergência da Organização Mundial da Saúde na segunda-feira que vai decidir se a ameaça Zika - que está ligada a um aumento alarmante nos casos de deformidades fetais chamada microcefalia - deve ser classificado como uma crise de saúde pela organização global.
"De muitas maneiras, o surto Zika é pior do que a epidemia de Ebola de 2014-15", disse Jeremy Farrar, chefe do Wellcome Trust. "A maioria dos portadores do vírus são assintomáticos. É uma infecção silenciosa em um grupo de indivíduos altamente vulneráveis - mulheres grávidas -. Que está associado com um resultado horrível para seus bebês."
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| Jeremy Farrar |
Não há possibilidade de produzir uma vacina para a atual Zika, em contraste com o Ebola, por que vários estão agora sob teste. "O verdadeiro problema é que tentar desenvolver uma vacina que teria de ser testado em mulheres grávidas é um pesadelo prático e ético", acrescentou Mike Turner, chefe de infecção e imunobiologia no Wellcome Trust.
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| Mike Turner |
Com, pelo menos, 80% das pessoas infectadas não apresentando sintomas, acompanhar a doença é extremamente difícil. As espécies de mosquito que espalham Zika, Aedes aegypti, tem expandido a sua gama ao longo das últimas décadas. "Ele ama a vida urbana e se espalhou por toda a faixa tropical do planeta, e é claro que o cinto está se expandindo como o aquecimento global", acrescentou Farrar.
Somente medidas extremas são susceptíveis de conter a ameaça Zika, disse Turner. Estas podem incluir o uso de DDT para erradicar Aedes aegypti tão rapidamente quanto possível. "Nós temos que equilibrar o risco para o meio ambiente, o DDT com o terrível impacto que este vírus está causando sobre o nascituro."
A Saúde Pública da Inglaterra disse que o risco de transmissão sexual do Zika é baixa, mas aconteceu em um número limitado de casos.
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